28 julho, 2011

Sabiá

Sabiá

Assim como o sabiá canta
Assim como o cheiro da planta
Assim como a estrela brilha
Assim como o fogo queima
Assim como o mar engole as ondas
Assim como o sol esquenta
Assim como a brisa corre
Assim como o som ecoa
Assim como a gaivota voa
Assim como a chuva cai do céu
Assim como o sino soa
Teu beijo tem sabor de mel
Assim como a beleza some
Assim como a paixão corrói
Meu amor por ti só aumenta
E minha alma ele destrói

02/07/2007

MiLi Szilagyi

17 julho, 2011

Meu Regador

Meu Regador*

Essa saudade me dói
Dói como um corte profundo que não se cicatrizara
Dói como o frio, dói como falta de ar
Dói como fome, como falta de ter a quem abraçar

Essa saudade me devora
Mas você acabou de partir
Queria prender-te em meus braços
E nunca te deixar ir

E eu começo a acreditar
Quando dizem que o amor trás a dor
Mas se amar é sofrer
É disso que quero morrer

Pois quem não ama, não vive
E quem não sofre, não vê
Que na vida nada é vão
Hoje o que eu quero é te ter.

Meu jardim quero entregar a você
Pois aqui dentro tem uma flor
Que cresce com teu amor
E você é meu regador

Essa saudade condena
Que meu sentimento é grande
Você é meu anjo da guarda
Porém que vive distante

Mas a distancia diminui
Ao lembrar que você esta aqui dentro
No coração e na mente
Invade o meu pensamento

Mas palavras são só palavras
Por isso evito dizer
Vou fazer você SENTIR
O que eu tenho a oferecer

MiLi Szilagyi

17/07/2011

01 abril, 2011

Sua Indiferença

Sua Indiferença*


Uma chuva de desespero
Por um instante me tomou
Ao perceber do que é capaz seu olhar
Faz-me congelar, e extasiar
Faz-me imune a qualquer distração
Faz-me acreditar em superstição
Faz-me ser menos eu, ser mais sua
Faz minha pele estremecer e ficar nua

Sua boca é como de uma serpente
Sinto o perigo, mas não revido
Ao tocá-la sinto ardente
E por um momento parece ser proibido

Todas as noites seu cheiro vem a me perturbar
Às vezes sinto que não vou me controlar
Mesmo sabendo que é inútil desejar
Eu sonho para poder te alcançar

Suas mãos a percorrer meu corpo
Sim, eu quero novamente e loucamente
Seus beijos nos meus, e meus olhos nos seus
Por um instante quero ser inconseqüente

Ele é alto, e gostoso de abraçar
Seus cabelos negros eu gosto de dedilhar
Sua barba é macia de tocar
Em seus lábios grossos é onde eu queria estar

Ele me parece imune e inalcançável
E às vezes me parece inviável
Mas não sinto vontade de parar, nem reclinar
Seu mistério me dói, mas não me destrói
E sua indiferença me rasga, mas não me convence
Só quero que saiba e que pense
Que o fim deste poema, não é o fim do suspense.

Mili Szilagyi


2011-04-02

16 março, 2011

Voar

Voar*

Talvez nem eu possa entender
O porque de prosseguir com esta vida mórbida
O porque...
Das cores e dos sonhos
Das lagrimas e deficiências
O mundo esta cheio de tudo
E ninguém tem a resposta de nada
Como eu posso voar, sem ter onde me esconder?
Como eu posso sorrir, sem ter pra quem?
O mundo esta vazio, mas esta cheio.
Cheio de falsas promessas
Cheio de ilusões e esperanças

Milene Szilagyi

11/03/2011